domingo, 25 de agosto de 2013

Miami: Bye, bye Brasil!!!


Antes de explicar o por quê do título deste post, vou contar uma estorinha.

Quando eu era pequeno (e isso já faz muito tempo) se dizia que três coisas nunca vinham juntas na vida: tempo, saúde e dinheiro.
No Hard Rock Hotel da Cidade do Panamá
Quando criança, se tinha tempo e saúde, a vida era uma delícia, as férias intermináveis... mas não se tinha dinheiro, obviamente. Chegava a fase adulta e se tinha saúde e dinheiro. Faltava tempo pra curtir a vida! Aí, você se aposentava e tinha tempo e dinheiro, mas já não tinha mais saúde, que tinha escorrido por entre os dedos!!!

"Noivos" em Chiapas, México
Hoje a maioria de nós vive uma fase fantástica! Com todos os avanços da medicina e da qualidade de vida, conseguimos chegar à aposentadoria com tempo, saúde e dinheiro. Mas por quanto tempo poderemos desfrutar essas três dádivas? Ninguém sabe, concorda?!

Quem nos conhece sabe que o esporte predileto meu e da Mary é viajar e é exatamente isso que queremos desfrutar, enquanto podemos!!! Só que viajar está ficando cada vez mais difícil nesse nosso Brasil.

Na Cidade do Panamá
Solução? Se mudar do Brasil para o exterior, onde a vida é infinitamente mais barata (mesmo com o dólar mais caro)! Isso, entre mil outras vantagens que não vou perder meu tempo relacionando. Vocês bem sabem do que estou querendo dizer!!!!

E é exatamente isso que faremos na quinta desta semana!!! Aluguei nossa casa, Mary passou adiante seu consultório, empacotamos nossas coisas e estamos de mudança para Sunny Isles, ao norte de Miami!!!  
O cacique Edu entre os Kamayurás, do Parque Indígena do Xingu
Esse é o último post em território brasileiro. O próximo já será em Miami, onde não faltam opções para passeios dos mais diversos tipos. Com o meu notório comichão que não me deixa ficar parado, já tenho vários planos para o futuro bem próximo. Quais?!

Bem, ainda em setembro quero fotografar os Everglades e, quem sabe, ir até Key West.
Na Pirâmide do Sol, México
Mais pro fim do mês, vamos até Niagara Falls e os Finger Lakes, no estado de Nova Iorque, e de lá partimos para Vermont para fotografar a famosa folhagem de outono. Próxima parada, Maine, para fotografar os lindos faróis daquele estado. Daí, volta pra casa com parada em Boston e na cidade que nunca dorme, a fantástica Nova Iorque!!!

Uhuuuuuu!!!!!!

Salão dos Espelhos, Machu Picchu, Peru
Miami será nosso quartel general e, de lá, sairemos para nossas aventuras... dentro e fora dos EUA.

E vamos manter todos vocês informados!

Até lá!!!

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Bolívia – Chacaltaya



Todo país adoraria ter uma estação de esqui como ponto turístico. Um turismo rico e sofisticado. A Bolívia não seria diferente de nenhum país do mundo... exceto pelo fato de que lá até o certo dá errado!
Visão do Huayna Potosí, na chegada ao Chacaltaya
A Bolívia TINHA uma estação de esqui. TINHA, do verbo FECHOU!!! Pois é, a ÚNICA estação de esqui da Bolívia fechou em 2008... por absoluta falta de neve! Foi a primeira estação de esqui em todo mundo a sofrer os efeitos do aquecimento global. A geleira onde se praticava o esqui simplesmente desapareceu!!!
Lhama pastando
Chacaltaya continua uma bela atração turística, mas agora, o que atrai é a estonteante vista e a possibilidade de subir ao topo dessa montanha em uma escalada de "apenas" 220m.
Caminho para o Chacaltaya, à direita da foto
Bem, APENAS é uma palavra bastante subjetiva quando se está a mais de 5000m de altitude. Se subir um prédio de 70 andares pela escada não é algo fácil ao nível do mar, já imaginou isso tentando respirar o ar irrespirável dos 5000m?!!!
Belo cerro nevado ao lado do Chacaltaya
Como tentar não custa nada, tentei chegar lá no topo... bem devagarzinho!! Subi 40 dos 70 “andares” e tropecei na minha língua! Ou seja, cheguei até os 5200m, a “meros” 100m do topo, e não conseguir ir adiante!!!
Huayna Potosí
Reconheci minha incompetência física, joguei a toalha e sentei na pedra mais próxima para recuperar o fôlego! Quando achei que estava de novo “zero bala”, me levantei. E foi aí que o mundo rodou! Antes que eu perdesse os sentidos e rolasse morro abaixo, sentei de novo para buscar ar... onde não havia!
Recuperando o fôlego a quase 5100m de altitude
Fiquei lá por mais uns 10 minutos! Levantei devagarzinho e, como uma tartaruga andina, fiz o percurso de volta até o Refúgio, a “confortáveis” 5080m. Você não imagina a diferença que esses 120m fizeram ao meu agradecido pulmão!
Subindo o Chacaltaya
É importante ouvir o seu corpo, ao estar fazendo qualquer tipo de esforço em altitude. Meros três passos podem ser a grande diferença entre a consciência e a inconsciência. E desmaiar, lá no topo pode ser a última coisa que você vai querer que aconteça com você.
O altiplano boliviano, a Cordilheira Real e o Illimani à direita
Mesmo sem ter chegado ao topo, Chacaltaya foi um passeio imperdível! A visão do nevado Huayna Potosí, de 6088m, é algo indescritível. E, de lá de cima, pode-se ver todo o altiplano com La Paz e El Alto, o Lago Titicaca e toda a Cordilheira Real, incluindo o belíssimo Illimani (6438m).
O belíssimo Huayna Potosí
Valeu a pena!!