Veja também o post “Istambul - Entre o moderno e o antigo”
Fim do trabalho na Conferência, chegada da Mary e início de férias! Tudo isso em menos de 24 horas.
Aproveitei para mudar do hotel onde a delegação estava hospedada, para algo menos europeu e muito mais dentro do espírito turco. E a pedida ideal era o Ayasofya Pansiyonlari, um conjunto de casas que ficava na rua que liga a Catedral de Santa Sofia ao Palácio de Topkapi. Mais no buchicho, impossível.
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| Ayasofya Pansiyonlari |
Nosso primeiro dia foi reservado, obviamente à visita ao Palácio Topkapi, cuja construção iniciou-se em 1459, logo após a conquista de Constantinopla pelos otomanos.
Topkapi é um imenso complexo de construções destinadas não apenas à residência dos sultões e sede do governo, mas também escolas de funcionários públicos, campo de treinamento de soldados, pátios de lazer, cozinhas, mesquitas, hospital e, principalmente, o imenso prédio do harém, construção com um labirinto de luxuosos salões onde viviam as mulheres e concubinas dos sultões.
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| Vista aérea do Palácio Topkapi |
Topkapi é impressionante e serviu aos sultões por quatro séculos! No seu apogeu, chegou a hospedar cerca de 4000 pessoas.
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| A Porta Imperial |
A entrada ao primeiro pátio se dá pela Porta Imperial. Esse imenso pátio servia de parque e lá podemos encontrar a igreja bizantina Hagia Eirene que, apesar de nunca ter sido transformada em mesquita, era usada como depósito e paiol.
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| A Porta das Saudações |
A entrada para Topkapi propriamente dita é feita pela Porta das Saudações, que dá acesso a todas as demais construções e pátios do palácio. Era no belo prédio do Divan onde o sultão descansava e se reunia com seus nobres.
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| Vista parcial do Divan |
Mas a imponência de Topkapi está em dois outros prédios cujas visitas são imperdíveis: o Tesouro Imperial e o Harém!
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| Berço em ouro |
O prédio do Tesouro era usado originalmente para a administração financeira do governo, assim como para armazenar os tesouros do reino. Transformada em museu, podemos encontrar uma belíssima coleção de porcelana, de trajes imperiais de armas e estandartes, relógios... mas nada supera a beleza das jóias.
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| Túnica imperial do sultão otomano |
Entre as peças mais deslumbrantes está a Adaga de Topkapi, de 1741, feita em ouro e cravejada de esmeraldas e diamantes, para ser presenteada ao Xá da Pérsia, que faleceu antes de recebê-la.
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| A Adaga de Topkapi |
Outra peça estonteante é um diamante de 86 quilates. Conta a lenda que foi encontrado em um monte de lixo e comprado de um gari em troca de três colheres.
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| Essa peça é simplesmente estonteante!!! |
O Harém era a residência das mulheres, concubinas e filhos do sultão, que viviam guardados por escravos negros eunucos. Além deles lá vivia a valide, mãe do sultão, mulher mais poderosa do império e verdadeira “cobra criada”!
A palavra “harém” vem do árabe e significa “proibido”, uma vez que apenas o sultão, seus filhos e os eunucos podiam entrar.
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| Harém - Quiosques Gêmeos |
No Harém também existia uma espécie de prisão, onde viviam os irmãos do sultão, para evitar disputas do trono. Muitos deles enlouqueceram nessa prisão “dourada”!
No seu auge, o Harém hospedou mais de 1000 mulheres, todas elas escravas trazidas de todos os cantos do império. A maioria chegava ainda na infância, como presente ao sultão. Como era proibido escravizar muçulmanos, todas elas tinham outra religião e eram convertidas ao Islã.
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| Harém - Sala das Frutas |
As meninas eram treinadas para servir o sultão, aprendendo a cantar, dançar, tocar instrumentos e, obviamente, oferecer os prazeres do sexo. Apesar de a maioria ser apenas serviçal, essa era a grande oportunidade de tornar-se a favorita do sultão, dar-lhe filhos, preferencialmente homens, e, ocasionalmente, casar-se com ele.
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| Harém - Pátio das Favoritas |
Vida fácil? Nananinaná!!! Obviamente a concorrência era cruel, pois tudo valia para tornar-se favorita. E quando eu digo tudo, entenda TUDO com todas as letras maiúsculas!!! Para abrir seu caminho na hierarquia do harém, além de ter a simpatia da valide e corromper o eunuco chefe, as mulheres se valiam de todos os tipos de manobras, desde conspirações até a matar suas concorrentes diretas e seus filhos.
Dá para encarar?!
–“Dei”, diria a concubina!
